Moradores de Ipameri, no sudeste goiano, trocam objetos recicláveis que poderiam acumular água e servir de criadouro do mosquito Aedes aegypti por materiais escolares. O projeto, chamado Dengue Móvel, é uma alterativa criada por equipes de combate à doença que incentiva crianças e adolescentes a continuarem na escola e, ao mesmo tempo, evitam a proliferação do mosquito.
A iniciativa tem apoio da prefeitura da cidade e de uma empresa que processa materiais recicláveis. Conforme os organizadores, são aceitas garrafas, latinhas e pneus.
Por conhecer a iniciativa, muitos moradores se preparam para conseguir o material escolar através do projeto. Algumas famílias conseguem economizar até R$ 400 juntando os itens para fazer a troca.
O pedreiro Flávio Vaz, por exemplo, tem três filhos e tenta se organizar para conseguir o máximo possível do que eles vão precisar na escola através da inciativa. “As crianças estão precisando para estudar. Então é uma mão na roda, muito bom”, brincou.
A estudante Emily Caroline Santos contou que também apoia a iniciativa. A adolescente fez a parte dela juntando materiais recicláveis que poderiam acumular água e conseguiu pegar alguns itens que vai precisar para o próximo ano letivo.
“Faz bem para a cidade, porque acaba com as garrafas de um jeito que pode reciclar e acaba com a dengue e ajuda muitas pessoas também”, afirmou.
Já o aposentado Hélio Estrela Vaz contou que juntou mais de 300 garrafas. Com o material, ele conseguiu três cadernos de dez matérias no ponto de trocas e economizou cerca de R$ 30. “Vamos acabar com esses mosquitos e essas doenças que o mosquito transmite. Ainda ajuda na educação das crianças”, disse.